Data deve movimentar mais de R$ 24 bi na economia; 78% pretendem pagar o presente à vista, principalmente no PIX (29%)
O Dia dos Pais deve movimentar R$ 24,09 bilhões no comércio. É o que aponta levantamento realizado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas. De acordo com a pesquisa, 63% dos consumidores pretendem comprar presentes no Dia dos Pais este ano. Na prática, isso significa que aproximadamente 101,8 milhões de pessoas devem presentear seus entes queridos no segundo domingo de agosto.
Apesar da importante movimentação na economia, o número de consumidores que não pretendem comprar em 2022 cresceu 6 pontos percentuais em comparação com o ano passado, passando de 21% para 27%.
Em relação aos gastos, 34% têm intenção de gastar o mesmo valor que em 2021, 29% desejam desembolsar mais, e 26% querem gastar menos.
Entre aqueles que pretendem gastar mais, 50% desejam comprar presentes melhores, 49% acreditam que os preços dos produtos estão mais altos e 19% querem comprar mais presentes. Já entre aqueles que pretendem gastar menos, 37% querem economizar, 36% estão com o orçamento apertado, 20% citam as incertezas do cenário econômico e 18% precisam pagar dívidas atrasadas.
A pesquisa aponta que o valor médio dos gastos será de R$ 236,77 ao todo. Os consumidores pretendem comprar, em média, 1,8 presente.
Assim como no ano passado, as roupas correspondem à maior parte das intenções de compra para a data (54%), seguidas de perfumes e cosméticos (37%), calçados (35%) e acessórios (25%), como meias, cinto, óculos, carteira e relógio.
A grande maioria dos consumidores (78%) pretende pagar o presente à vista, principalmente no PIX (29%), dinheiro (25%), no cartão de débito (24%). 37% preferem pagar a prazo, principalmente com parcelas no cartão de crédito (33%). A média geral é de 3,4 prestações.
O levantamento aponta ainda que 82% dos consumidores pretendem pagar o(s) presente(s) sozinhos, enquanto 14% vão dividir, seja uma parte do valor (8%) ou integralmente (5%), com outra pessoa. Entre estes, 27% pretendem dividir o pagamento do(s) presente(s) porque os preços estão muito altos, 26% querem dar um presente melhor/mais caro e 23% afirmam que é uma forma de reduzir os gastos.
Entre os entrevistados, 65% pretendem presentear o próprio pai, 21% o esposo, 13% o pai de seus filhos e 10% o sogro.
A pesquisa aponta também que oito em cada dez entrevistados (79%) pretendem realizar a maioria de suas compras nos canais off-line, principalmente em shoppings centers (35%), nos shoppings populares (17%) e em lojas de departamento (14%). Por outro lado, as compras pela internet também têm papel bastante relevante na preferência dos consumidores, já que 43% dos entrevistados pretendem comprar a maior parte dos presentes na internet, sendo que 70% destes comprarão em sites, 64% em aplicativos e 21% no Instagram.
“As compras pela internet, que já eram uma tendência em crescimento, se mostram cada vez mais fortes. Por isso, é importante que o comércio se prepare. Mesmo os micro e pequenos negócios, que não possuem uma página na internet, por exemplo, podem utilizar as redes sociais e aplicativos como WhatsApp para atender e atrair os consumidores”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
Quando se trata de escolher o local de compra do presente, 50% são influenciados pelo preço, 42% pela qualidade dos produtos, 39% pelas promoções e descontos, e 31% pelo frete grátis.
O principal local de comemoração da data será na própria casa (37%), seguido pela casa do pai (33%) e 10% pretendem almoçar fora.
“O Dia dos Pais é um termômetro para o início do processo de contratação da mão de obra temporária pelo comércio no segundo semestre. A expectativa é de que tanto as comemorações quanto os presentes tragam uma movimentação importante para o comércio em todo o país”, afirma Costa.
O problema surge quando a vontade de demonstrar gratidão se sobrepõe à responsabilidade sobre as finanças pessoais: 24% dos entrevistados costumam gastar mais do que podem com os presentes de Dia dos Pais e 11% pretendem deixar de pagar alguma conta para realizar a compra. Além disso, 31% dos que pretendem presentear estão atualmente com o pagamento de alguma conta em atraso, sendo que 59% destes também estão com o nome negativado.
“A inadimplência é prejudicial tanto para o consumidor, que fica com seu poder de compra limitado, quanto para o lojista, que deixa de receber por uma venda já concretizada. O consumidor deve presentear, sim, porém, é importante respeitar o tamanho do próprio bolso, planejar os gastos e fazer muita pesquisa de preço, dando prioridade ao pagamento à vista. Para quem está inadimplente, a prioridade deve ser o a negociação e o pagamento das dívidas”, explica a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges.
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