Faltando três meses para as comemorações de fim de ano, os setores varejista e de serviços já vêm se preparando para o principal período de vendas com a contratação de novos profissionais. Apesar do período trazer esperanças para empresários, de olho no aumento das vendas, e desempregados, que sonham com uma oportunidade de trabalho, a pesquisa aponta uma redução no número de vagas que serão abertas este ano.
De acordo com levantamento realizado em todas as regiões do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, aproximadamente 95 mil vagas serão abertas no país até dezembro, número abaixo da projeção da pesquisa de 2021 (105.723 vagas), quando havia um otimismo relacionado à atenuação da pandemia e o retorno à vida “normal”. Também menor que o período anterior à pandemia (103.211 vagas em 2019).
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Os principais motivos entre os que não irão contratar são: não acreditam que haverá um aumento significativo da demanda que justifique as contratações (35%), não possuem verba suficiente para contratações (25%) e os encargos trabalhistas serem muito altos (19%).
Já entre os empresários que pretendem contratar funcionários, 77% afirmam querer suprir a demanda que normalmente aumenta nesse período.
Apesar da redução no número de vagas que devem ser criadas, a pesquisa aponta que 87% dos empresários não fizeram demissões nos últimos 3 meses, percentual que é 10 pontos percentuais maior em relação a 2021. De acordo com o levantamento, 69% dos entrevistados afirmam que pretendem manter o número de funcionários para o 2º semestre, enquanto 16% pretendem aumentar o quadro de colaboradores. 26% dos empresários afirmam que já contrataram ou pretendem contratar funcionários para o final de ano.
“A diminuição do número de vagas que serão abertas mostra um cenário de cautela e incertezas por parte dos empresários, o que pode estar ligado ao momento do país, com cenário eleitoral, inflação alta e elevação da taxa de juros. Ao mesmo tempo, vemos o crescimento do PIB e que as empresas estão demitindo menos, o que traz alívio para os funcionários e aponta uma maior estabilidade do desemprego no país”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
Maioria dos empresários planeja contratações temporárias sem carteira assinada
Considerando os empresários que já contrataram ou irão contratar funcionários para o fim do ano, a pesquisa mostra que pouco mais da metade (55%) pretende contratar mão de obra temporária e 32% pretendem fazer contratações por tempo indeterminado. Entre as empresas que farão contratações temporárias, 78% farão contratações neste formato com duração de até 3 meses. A média de funcionários contratados temporariamente será de 1,5.
Considerando a forma da contratação, 49% afirmam que fará contratações informais e 48% farão contratações com registro. Apenas 14% farão contratações de terceirizados.
“As contratações de fim de ano representam uma oportunidade aos desempregados. Sabemos que existe sempre a oportunidade das vagas temporárias se efetivarem após o período de festas, principalmente para os profissionais que mais se destacam no trabalho”, diz o presidente da CNDL.
Vendedor, ajudante e balconista serão as funções mais demandadas
No que tange ao perfil dos funcionários já contratados ou que ainda serão contratados, as mulheres são preferidas (25%) em relação aos homens (17%), embora a maioria (55%) afirme não se importar com o sexo dos funcionários, um aumento de 15 pontos percentuais em relação ao ano passado. Mais da metade das empresas (61%) prefere jovens de 18 a 34 anos – sendo a faixa etária média de 28 anos.
A expectativa média de salário é de 1,36 salários mínimos, cerca de R$ 1.648. Quanto a jornada de trabalho, a maioria (63%) ofertará vagas entre 6h a 8h diárias.
De acordo com os empresários, 30% pretendem iniciar as contratações em Outubro, 26% em Novembro e 17% em Dezembro.
Há uma grande variedade de cargos e funções, porém as mais demandadas pelas empresas serão: vendedor/a (29%), ajudante (24%), balconistas (16%), cabeleireiro/a (7%), manicure (7%) e entregador/a (6%).
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