Novembro é o mês em que os trabalhadores recebem a primeira parcela do 13º salário. O período é aguardado com expectativa pelos consumidores e traz alívio para o bolso do brasileiro. Trata-se de um dinheiro extra que pode ajudar tanto no pagamento de dívidas, quanto nas comemorações de Natal e Réveillon.
Uma pesquisa feita em todas as capitais pela CNDL — Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo SPC Brasil — Serviço de Proteção ao Crédito em parceria com a Offerwise Pesquisas, mostra que neste ano os trabalhadores que têm direito ao valor pretendem:
- Comprar presentes de Natal (36%);
- Economizar e investir (29%);
- Gastar nas comemorações de Natal ou Ano Novo (22%);
- Comprar produtos que tinham vontade (21%).
O décimo terceiro salário também é visto pelos consumidores como uma oportunidade para organizar a vida financeira. De acordo com a pesquisa, 17% vão usar o dinheiro para pagar dívidas em atraso.
Na avaliação do presidente da CNDL, José César da Costa, antes de decidir o que fazer com o dinheiro do décimo terceiro salário, o ideal é que o consumidor faça uma análise de sua situação financeira e estabeleça prioridades.
“É importante o trabalhador ficar atento aos gastos e priorizar o pagamento de dívidas. O país vive um momento de alta inadimplência e a entrada do 13º salário é a oportunidade de colocar as contas em dia e fechar o ano com o orçamento organizado”, afirma Costa.
O presidente da CNDL alerta que é importante considerar os gastos que costumam aparecer no começo do ano, como o IPTU, as matrículas escolares e o IPVA, por exemplo.
“Além do pagamento de dívidas, é o momento do trabalhador se organizar para os gastos extras. O início do ano é sempre o momento de pagamento de impostos e de taxas, como matrícula, e também compra de material escolar, por exemplo. Uma reserva extra deve ser organizada para não ser pego de surpresa e já iniciar o ano endividado”, alerta José César da Costa.
55% dos entrevistados pretendem recorrer a bicos para aumentar a renda e gastar mais no Natal
A pesquisa ainda mostra que 55% dos entrevistados pretendem fazer bicos para comprar mais presentes para o Natal, principalmente as pessoas até 54 anos e das classes C, D e E (60%).
“O Natal é uma data tradicional e o brasileiro não deixa de fazer suas compras. Se a pessoa quer investir um pouco mais na festa e nos presentes, uma atividade que possa gerar mais recursos é, realmente, uma boa saída para evitar endividamento. A boa notícia é que o período de final de ano é sempre um momento de aberturas de novas vagas de trabalho temporário, por isso boa parte dos trabalhadores devem e podem recorrer aos bicos para aumentar a renda para as comemorações de final de ano”, orienta Costa.
Foram entrevistados, via web, 740 consumidores das 27 capitais brasileiras — homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) –, de 10 a 17 de outubro de 2022. A margem de erro no geral é de 3,6 p.p e 4,0 p.p para um intervalo de confiança a 95%.
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