De olho nas tendências que irão determinar a direção dos negócios e o setor de logística, a DHL divulgou a 6º Edição do DHL Logistic Trend Radar. Entre as tendências estão a descabonização, robôs, Big Data, diversificação de cadeia de suprimentos e energia alternativa são apontadas como as de maior impacto para transformar a logística.
Com publicações a cada dois anos, o DHL Logistic Trends Radar aponta tendências sociais, econômicas e tecnológicas fundamentais para o setor de logística. Desde 2015, mais de 70 mil visitantes se reuniram nos centros de inovação da DHL para trocar experiências com especialistas da empresa e entre eles. Ao final, as descobertas são consolidadas e apresentadas através do estudo para ajudar a moldar outros negócios e tecnologias.
“Estamos observando os negócios transformarem a logística de uma operação silenciosa nos bastidores para um ativo estratégico que gera valor”, explicou Katja Busch, diretora-executiva comercial da DHL e chefe do DHL Customer Solutions and Innovation.
A executiva ainda ressaltou que ao divulgar as tendências do evento, eles estão convidando os clientes e parceiros a moldar a era da logística. “Acreditamos que ter sucesso no futuro requer inspiração e inovação, muita troca e colaboração intensa”, finalizou.
Segundo Klaus Dohrmann, vice-presidente de inovação para a Europa, os clientes, parceiros e colegas utilizam o estudo como uma forma de se orientar para o futuro. “Na edição deste ano, lançamos novas tendências que se tornaram mais relevantes no setor de logística, como pesquisa visual computacional, IA interativa, etiquetas inteligentes e DEIB (diversidade, igualdade, inclusão e pertencimento)”, comentou.
Sustentabilidade
O tema de sustentabilidade ambienta segue ganhando força internacionalmente, e o relatório deste ano apontou para o aprofundamento de pontos específicos. As novas tendências de grande impacto são a descarbonização, energia alternativa, circularidade e liderança ambiental.
Sobre a descabonização, o Fórum Econômico Mundial recentemente descobriu que que uma cadeia de suprimentos net-zero aumentará os preços, em média, não mais que 4%. Na mesma linha, com muito clientes dispostos a pagar um valor maior por opções mais sustentáveis, as companhias estão investindo em soluções visando a descarbonização.
Já na parte de energia alternativa, as empresas devem investir no planejamento de frotas elétricas. Dos U$ 755 bilhões investidos na transição de energia em 2021, 36% foram destinados a transportes elétricos.
Uma tendência com potencial para mudar os modelos de negócio é a circularidade. Atualmente, apenas 8,5% do consumo de material total da sociedade é reciclado.
Automação e eficiência
No ritmo do aumento da demanda do consumidor, o estudo apontou que as empresas precisarão começar a buscar tecnologias de automação para auxiliar na produtividade. Entre as estratégias mais citadas para isso, foram citados os robôs móveis e robôs estacionários para ambientes internos.
No caso dos robôs móveis em ambientes internos, eles podem movimentar mercadorias de um ponto a outro e ajudar a descarregar contêineres e caminhões. Já os estacionários, podem ser posicionados em pontos estratégicos em armazéns ou centros para otimizar processos.
Diversificação da Cadeia
Com a existência de possíveis interferências climáticas, geopolíticas e até de saúde, as organizações devem buscar diversificar as cadeias de suprimento. A aquisição de várias fontes, parcerias com fornecedores concorrentes e seleção de mais provedores em mais países e regiões, são algumas estratégias.
Além disso, ampliar o ecossistema de fornecedores e expandir redes de fabricação e a distribuição são medidas que levam a cadeia a ter mais resiliência. Dentre as empresas consultadas pela DHL, 76% planejam fazer mudanças significativas em sua base de fornecedores nos próximos 2 anos.
“A sustentabilidade definitivamente ainda é um tópico muito relevante para nossos clientes hoje, mas garantir a resiliência da cadeia de suprimentos está subindo para o primeiro lugar na transformação da logística” destacou Dohrmann.
Fonte: Mercado e Consumo
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