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Atualidades
sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Dívida Pública Federal fecha o mês de junho em R$ 7,883 trilhões, aponta o Tesouro Nacional

 

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) encerrou junho em R$ 7,883 trilhões, o que corresponde a um aumento de R$ 212,71 bilhões em relação a maio, quando o montante atingiu R$ 7,760 (uma variação, em termos nominais, de 2,77%). A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 2,99%, passando de R$ 7,361 trilhões para R$ 7,581 trilhões, resultado da emissão líquida de R$ 154,62 bilhões e da apropriação positiva de juros de R$ 65,13 bilhões. Já o estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve uma variação negativa de 2,28% sobre o estoque de maio, encerrando junho em R$ 302,12 bilhões (US$ 55,36 bilhões), dos quais R$ 250,84 bilhões (US$ 45,97 bilhões) eram referentes à dívida mobiliária e R$ 51,28 bilhões (US$ 9,40 bilhões), à dívida contratual.

As informações constam do Relatório Mensal da Dívida (RMD) de junho de 2025, produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), e foram detalhadas nesta quinta-feira (28/7) em coletiva virtual de imprensa, da qual participaram o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges Dias, a coordenadora-geral de Controle e Pagamento da Dívida Pública substituta, Márcia Fernanda Tapajós, o coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública substituto, Fausto José Araújo Vieira, e o coordenador-geral do Tesouro Direto, Paulo Moreira Marques.

O estoque de títulos prefixados, flutuante e índice de preços cresceu, respectivamente, 5,07%, 2,60% e 2,05% em relação a maio, enquanto o estoque de câmbio diminuiu 2,37%. No acumulado do ano, até junho, o estoque da DPF cresceu R$ 567 bilhões.

Acesse o Relatório Mensal da Dívida (RMD) relativo a junho de 2025, publicado nesta segunda-feira (28/7) pelo Tesouro Nacional

Conjuntura

Na análise conjuntural, o RMD destaca que, em junho, o acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China “aumentou o apetite por risco”, mas as tensões no Oriente Médio trouxeram volatilidade. Em âmbito doméstico, a curva de juros local apresentou perda de inclinação, “reagindo à política monetária e às taxas globais”.

Detentores

Em relação aos detentores da DPMFi, as Instituições Financeiras apareceram na ponta em junho, com 31,3% de participação, seguidas por Previdência (23,1%) e Fundos (22,1%). Em junho, o estoque de Não-residentes cresceu R$ 18,8 bilhões, enquanto o de Instituições Financeiras aumentou em R$ 154,6 bilhões.

A DPF teve reduzida a participação dos vencimentos em 12 meses, de 16,02% para 15,68%, e também o prazo médio, de 4,20 anos para 4,14 anos. O prazo médio de emissão ficou em 5,31 anos.

Emissões e resgates

Em junho, as emissões da DPF somaram R$ 177,09 bilhões e os resgates, R$ 17,91 bilhões. Na DPMFi, foram emitidos R$ 68,37 bilhões em títulos prefixados, R$ 62,50 bilhões remunerados por taxa flutuante e R$ 30,44 bilhões, por índice de preços. A emissão dos benchmarks Global 2030B e Global 2035 atingiu o montante de R$ 15,41 bilhões. A emissão líquida da DPF em junho foi de R$ 159,19 bilhões.

As taxas de emissão da DPMFi tiveram maior recuo nos vencimentos longos em junho, “refletindo o ajuste das expectativas em face da política monetária”, registra o relatório.

Custo médio

O custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses diminuiu de 11,73% ao ano, em maio, para 11,41% ao ano, em junho. O custo médio do estoque da DPMFi acumulado em 12 meses teve crescimento de 11,55% ao ano, em maio, para 11,70%, em junho. Já o custo médio do estoque da DPFe acumulado em 12 meses caiu de 15,41% ao ano para 4,41% ao ano em junho. O custo médio das emissões em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses registrou, em junho, aumento para 13,52% ao ano, contra 13,38% ao ano registrado em maio.

Colchão de liquidez

A reserva de liquidez (colchão) apresentou aumento, em termos nominais, de 19,64%, passando de R$ 861,30 bilhões, em maio, para R$ 1,030 trilhão, em junho. O índice de liquidez, que aponta a suficiência da reserva para cobertura dos vencimentos dos títulos da DPMFi, corresponde a 8,44 meses em junho. Esses números, segundo o coordenador-geral Helano Borges Dias, indicam “uma posição bastante confortável”.

Tesouro Direto

As vendas do Tesouro Direto em junho atingiram R$ 5,77 bilhões e os resgates, R$ 2,92 bilhões. A emissão líquida totalizou R$ 2,84 bilhões. O título mais demandado foi o Tesouro Selic (55,88%). As operações de até R$ 5 mil responderam por 80,49% das compras.

O estoque do Programa encerrou o mês em R$ 180,35 bilhões, um aumento de 2,41% em relação a maio. O títulos indexados à inflação representaram 51,40% do estoque do Tesouro Direto.

No período, o total de investidores ativos no Tesouro Direto – aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no Programa – atingiu a marca de 3.044.288 pessoas, um aumento de 30.327 no mês. Em 12 meses, o aumento no número de investidores ativos foi de 14,3%.

Julho

Em julho, de acordo com o RMD, “a resiliência econômica dos Estados Unidos impulsionou o apetite por risco, mesmo com a nova rodada de tarifas e negociações adicionando uma camada de incerteza”. Ainda segundo o documento da STN, a curva de juros local ganhou nível em julho, “refletindo incertezas em relação à guerra comercial”.

Olitef

O coordenador-geral do Tesouro Direto, Paulo Moreira Marques, aproveitou a entrevista para reforçar que estão abertas as inscrições para a edição de 2025 da Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef), competição educacional criada pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3. Neste ano, poderão participar da competição, que será realizada no dia 9 setembro, alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio. Todos os estudantes cadastrados pelas escolas na plataforma da Olitef terão acesso gratuito ao material preparatório, aos resultados da prova e poderão emitir o certificado de participação.

Maior olimpíada de educação financeira do país, a Olitef incentiva o aprendizado de finanças pessoais, matemática financeira básica e investimentos entre estudantes do Ensino Fundamental e Médio. A primeira edição, realizada em setembro de 2024, teve a participação de mais de 546 mil alunos e alcançou 2.234 municípios brasileiros.

Confira a coletiva virtual concedida nesta segunda-feira pela Secretaria do Tesouro Nacional para detalhar os números da Dívida Pública Federal

Categoria
Finanças, Impostos e Gestão Pública

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