Presidente do Sebrae, Carlos Melles, participou do 39ª Encontro Nacional de Comércio Exterior
O mercado internacional apresenta-se como um grande desafio para as empresas brasileiras, sobretudo para os pequenos negócios. Das quase 22 mil empresas que exportam no Brasil, 41% são pequenos negócios, mas eles representam apenas 0,5% do valor total exportado. Os dados foram apresentados pelo presidente do Sebrae, Carlos Melles, durante o primeiro dia do 39º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex). O evento, que é considerado o maior e mais tradicional no setor, acontece até sexta-feira (13), de forma online, sob realização da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), com apoio do Sebrae.
Ao longo do dia, o presidente do Sebrae teve a oportunidade de apresentar um painel sobre a atuação da entidade na internacionalização dos pequenos negócios. De acordo com Melles, a cultura exportadora no país ainda é muito limitada quando se trata dos pequenos negócios. “É preciso oferecer às micro e pequenas empresas brasileiras condições para exportar, tornando-as mais competitivas por meio de conhecimento, tecnologia e incentivos”, disse.
Melles ressaltou o trabalho do Sebrae na preparação dos empresários para explorar o mercado internacional, por meio de consultorias, cursos e o desenvolvimento de iniciativas regionais como o projeto ProGlobal, no Sebrae RJ, e o Projeto SC + Global, no Sebrae SC. Ele também ressaltou as parcerias estratégias do Sebrae, com destaque ao Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), em que atua ao lado da Apex-Brasil e CNI, entre outras entidades.
“Os donos de pequenos negócios, inclusive os microempreendedores individuais (MEI), precisam muito do nosso apoio, seja por meio de crédito, educação empreendedora. Eles são a saída para o Brasil dessa crise”, declarou.
Durante a abertura do Enaex 2020, o presidente da AEB, José Augusto de Castro, destacou o atual cenário de comércio exterior brasileiro. Segundo ele, graças às commodities, particularmente do agronegócio, a redução das exportações será de apenas 5%, já computados os impactos negativos decorrentes da pandemia e da forte redução das exportações brasileiras de manufaturados, sendo considerada muito abaixo do que em outros países.
Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro destacou a importância da expansão do comércio exterior no processo de transformação do país, por meio do empenho do governo brasileiro para eliminar custos e remover entraves para o setor produtivo. “O comércio com o mundo todo, sem viés ideológico, é um elemento chave para integrar o país na economia mundial”, declarou.
O presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros, que também preside o Conselho Diretivo do Sebrae, ressaltou que o Brasil tem um enorme potencial para atuar no mercado exterior de forma mais eficiente. De acordo com ele, o país precisa recuperar mercados perdidos ao longo do tempo, tendo a logística como importante componente. “Para mudar esse cenário precisamos, basicamente, ser competitivos, e tão importante quanto isso, é dar previsibilidade e cumprir prazos e entregas das nossas transações comerciais”, analisou.
Fonte: ASN / SEBRAE
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