Aumento em termos nominais foi de 2,01% (R$ 112,28 bilhões) em relação a abril
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 5,702 trilhões em maio, uma variação, em termos nominais (descontada a inflação), de 2,01% (R$ 112,28 bilhões) em relação a abril, quando o aumento foi de 0,45% em relação a março e totalizou R$ 5,589 trilhões. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 2,17%, passando de R$ 5,359 trilhões para R$ 5,475 trilhões, de abril para maio. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve redução de 1,71% sobre o estoque apurado em abril e encerrou maio em R$ 226,27 bilhões (US$ 47,85 bilhões). As informações constam do Relatório Mensal da Dívida referente a abril e maio produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e divulgado na terça-feira (28/6) em entrevista coletiva com transmissão online.
A ampliação do estoque da DPMFi resultou da emissão líquida de R$ 65,40 bilhões e à apropriação positiva de juros no valor de R$ 50,81 bilhões. O estoque da DPFe, por sua vez, ficou dividido em R$ 192,61 bilhões, referentes à dívida mobiliária, e R$ 33,66 bilhões, à dívida contratual.
Emissões e resgates
Entre abril e maio, as emissões da DPF somaram R$ 178,99 bilhões e os resgates, R$ 150,45 bilhões. Nas emissões da DPMFi predominaram os títulos prefixados (R$ 85,91 bilhões). Nos resgates, o destaque ficou com o vencimento da LTN ocorrido em abril, no montante de R$ 126,21 bilhões. A emissão líquida da DPF entre abril e maio atingiu R$ 28,54 bilhões.
A composição do estoque da DPF teve aumento da participação de títulos atrelados à taxa flutuante, de 36,7% para 36,8%, resultado da emissão líquida, em maio, de R$ 28,65 bilhões, e da apropriação de juros. Os títulos atrelados ao câmbio diminuíram sua participação no estoque da DPF para 4,2% em maio, em razão, principalmente, da desvalorização de 3,87% do dólar em relação ao real.
As Instituições Financeiras lideram os principais detentores, com 29,6% de participação, seguidas dos Fundos (23,2%) e da Previdência (23,0%). Em maio, o estoque de Não Residentes se reduziu em R$ 1,9 bilhões. O estoque de Instituições Financeiras aumentou em R$ 75,8 bilhões no mês.
Reserva de liquidez
O custo médio da DPF acumulado em 12 meses registrou aumento de 9,53%, em abril, para 9,86% ao ano, em maio. Já o custo médio do estoque da DPMFi acumulado em 12 meses aumentou de 10,22%, em abril, para 10,58% ao ano, em maio. O custo médio do estoque da DPFe acumulado em 12 meses, por sua vez, reduziu de -4,82%, em abril, para -5,59% ao ano, em maio. O custo médio das emissões em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 11,69% ao ano.
A reserva de liquidez apresentou aumento, em termos nominais, de 6,85%, passando de R$ 1,037 trilhão, em abril, para R$ 1,108 trilhão, em maio. Em relação a maio de 2021, quando o montante foi de R$ 1,036 trilhão, houve crescimento, em termos nominais, de 6,91%. Está previsto para os próximos 12 meses o vencimento de R$ 1,310 trilhão da DPMFi.
Tesouro Direto
As vendas do Tesouro Direto em maio atingiram R$ 3,91 bilhões e resgates, R$ 2,14 bilhões, resultando na emissão líquida de R$ 1,76 bilhão no mês. O título mais demandado foi o Tesouro Selic (56,46%). O estoque atingiu R$ 91,69 bilhões, um aumento de 3,02% em relação a abril. Os títulos indexados à inflação representam 54,33% do estoque do Tesouro Direto.
Operações até R$ 5 mil responderam por 82,15% das compras. Maio registrou 561.064 novos investidores cadastrados, o que elevou o número total de investidores para 18,95 milhões, um crescimento de 72,39% nos últimos 12 meses. No mês, o aumento foi de 39.702 investidores ativos, que totalizam 1,97 milhão (variação de 29,53% nos últimos 12 meses).
*Conteúdo editado em conformidade à legislação eleitoral vigente
MINISTERIO DA ECONOMIA
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