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segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Geração Z cresce e cria novas oportunidades de negócio



 Camila Salek, especialista em varejo, explica como o visual merchandising pode ajudar o varejo a conquistar os consumidores da geração Z

Camila Salek: “A geração Z é uma geração que quer entretenimento e interatividade, então se tenho um negócio que é focado apenas em compras e vendas, preciso começar a pensar o que ofertar para esse consumidor”

A geração Z chegou à maioridade, e agora começa a ganhar o próprio dinheiro, criando uma série de oportunidades para o varejo. “A geração Z, hoje, é quase 37% da população global e daqui a 8 anos já será metade. Logo, a metade do poder de consumo daqui a pouco tempo estará na mão de uma geração diferente da nossa, então precisamos aprender a lidar com ela”, destaca Camila Salek, sócia-fundadora da Vimer Retail Experiencia e especialista em varejo e visual merchandising.

Ainda que estejam de olho em preço e desconto, na hora de ir às compras, os jovens compradores buscam por uma boa experiência, sobretudo para ter assuntos e vivências interessantes para compartilhar nas redes sociais.

“A geração Z é uma geração que quer entretenimento, quer interatividade, então se eu tenho um negócio que é transacional, focado apenas em compras e vendas, preciso começar a pensar o que ofertar para esse consumidor, o que vai além do transacional. Se for apenas pelo estoque (produto), é mais fácil comprar pela internet”, continua Camila, que é a convidada do episódio #52 do Varejo S.A. Podcast, divulgado hoje (21).

Visual Merchandising
O Visual Merchandising (VM) é uma ferramenta importante para atrair e conquistar este e outros públicos, sendo responsável por criar uma experiência positiva dentro da loja. “Eu costumo dizer que VM é uma união do impacto visual com a inteligência estratégica de alocação de produtos, de compra de produtos, de definição de mix, de entender de estoque e de precificação. O VM é um pilar de marketing e está muito conectado às áreas de produto e comercial”, explica Salek.

“Tudo que acontece em uma loja tem uma razão de existir naquele lugar. Os produtos mais próximos da porta têm uma razão. O mesmo acontece com o que está mais próximo do caixa e do provador. Tudo isso é fruto do VM e entra na conta para que, no final, isso seja bom para todo mundo: quem vende e quem compra o produto”, acrescenta a especialista.

Em tempos de aceleração e fortalecimento da digitalização dos negócios e omnicanalidade, o visual merchandising também pode ser um importante aliado, sobretudo, para somar forças entre os ambientes virtual e físico. “Se eu sou uma marca que trabalha com um público essencialmente jovem e tenho uma loja física, preciso também usar a tecnologia para me conectar ao celular daquela pessoa e trazê-la para dentro da loja”, exemplifica a empreendedora.

O VM ainda auxilia as empresas a encontrar sua voz, o que é importantíssimo com o surgimento das redes sociais e os compradores exigindo engajamento político, social, econômico e ambiental das empresas das quais consomem. “Os empreendedores precisam pensar na marca deles como uma pessoa que tem voz. O que sai de dentro da loja, independentemente se é na loja física ou via Instagram, tem que ser uma verdade. Não dá para ter meias verdades no varejo hoje. As meias verdades caem, e conseguir resgatar uma coisa que não foi dita direito, é muito difícil”, alerta Camila Salek.

Dicas
No programa, a especialista em varejo e VM deixou quatro dicas que não podem faltar na hora de montar a campanha da marca. São elas:

1) Transparência: Uma marca tem voz, que deve estar pautada na verdade, coerência e transparência em todos os canais de comunicação.

2) Planejamento: Traçar estratégia que não pensem só no curto prazo e preparar as ações para calendário sazonal com antecedência.

3) Colaborações: os varejistas devem estar atentos às possíveis parcerias dentro da comunidade em que estão inseridos, na hora de montar o mix. “Cada vez mais, as lojas serão sobre comunidade e o ambiente onde estão geolocalizadas. É possível ter parceiros e colaboradores daquela região que vão ajudar o negócio, numa troca muito gostosa. Troca de mailing de loja, ações de cocriação de produtos e workshops, ou seja, são empreendedores de diferentes nichos somando forças para vender produtos e serviços para os mesmos clientes”, ensina Camila Salek

4) Sustentabilidade: O assunto é um fator cada vez mais importante para os setores produtivos, inclusive, o varejo. Em geral, as empresas vinculam o tema à sustentabilidade ambiental, mas é possível realizar ações com impacto positivo para as pessoas. E para isso, não é preciso focar em projetos grandiosos, pequenas atitudes na comunidade em que está inserido já faz muita diferença. “O varejo emprega muita gente, sobretudo as micro, pequenas e médias empresas, que tem um poder transformador muito forte”, afirma a entrevistada.

Para saber mais sobre visual merchandising, as mudanças “impostas” pela geração Z e conferir mais dicas, escute o episódio completo do Varejo S.A. Podcast desta semana:

Com colaboração de Luís Adolfo Barbosa.

   
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