Os meios de pagamento eletrônicos ganharam destaque nos últimos anos, e hoje, são responsáveis em grande medida pelos resultados das empresas. Que loja nunca perdeu uma venda por não ter o tipo de pagamento que o cliente queria?! Por isso, o varejo precisa ficar atento às preferências dos consumidores.
As soluções do mobile banking caíram no gosto dos brasileiros justamente por sua acessibilidade, facilidade e baixo custo. Basta ter um aparelho celular em mãos para realizar qualquer transação. E a vantagem é que as tecnologias de pagamento também têm gerado dados valiosos para as empresas.
“Seja pela comodidade, agilidade ou segurança, o fato é que a tecnologia vem transformando os meios de pagamento e as modalidades têm caído no gosto dos brasileiros. Sendo assim, na fila da concorrência, é preciso acompanhar a evolução digital para não ficar para trás”, afirma Rudolf Popper, vice-Presidente da AFRAC (Associação Brasileira de Tecnologia para o Varejo).
Para o especialista, o Pix, o QR Code e as carteiras digitais devem influenciar o comércio em 2023. “Tudo se resume a uma palavra: digitalização. Ela simplifica os processos financeiros, provoca a sensação de comodidade ao consumidor e maior eficiência para as empresas”, pontua.
PIX
“Completado dois anos de atuação, o PIX tem sido um grande fenômeno. De acordo com o Banco Central, em outubro de 2022, já havia movimentado R$1,03 trilhão em 2,54 bilhões de transações”, conta Popper.
“Além das funções de transferência e pagamento, há outras soluções como PIX Saque, o PIX Troco, o PIX Cobrança, o PIX Agendado e o PIX parcelado. Algumas dessas soluções ainda não engataram, mas isso não afasta a importância de se atentar às movimentações deste meio, pois assim como um vídeo que, de um dia para o outro, viraliza na internet após anos publicado, o mesmo pode acontecer com o engajamento de novas tecnologias e soluções. De repente, elas podem se tornar os meios mais utilizados”, destaca o especialista.
De olho no futuro, o Banco Central anunciou melhorias no sistema, bem como novas funções. No rol das possíveis novidades está o PIX Automático, que facilita a realização de pagamentos recorrentes por parte dos consumidores. Já o PIX Cobrança é a possibilidade permite inserir informações importantes, como data de vencimento, multa e juros em um único código de pagamento; e o PIX Agendado possibilita agendar uma transferência.
Por meio do PIX Parcelado, o banco repassa o valor integral da transação para o lojista, enquanto o cliente pode pagar parcelado para a instituição financeira. É importante ressaltar que esta é uma modalidade que ainda não foi regrada pelo Banco Central e, por isso, é ofertada apenas por algumas entidades bancárias.
QR Code
Muito semelhante ao PIX, o QR Code para pagamento se diferencia apenas por ser um sistema por aproximação e não precisar de chave. Assim, toda transação é feita a partir da leitura do código via câmera de celular. “Uma praticidade que tem conquistado cada vez mais os consumidores, pois além do pagamento acontecer de uma maneira simples e ágil, o fato do sistema ser criptografado garante maior segurança de dados”, avalia o vice-presidente.
Segundo dados da Juniper Research, consultoria britânica, aproximadamente 1,5 milhão de pessoas no mundo já utilizam o QR Code para pagar contas e a projeção é de que até 2025 este número cresça para 2,2 bilhões. No Brasil, estima-se que 3 em cada 10 clientes já utilizaram a tecnologia para realizar pagamentos.
Carteiras digitais
Estudo realizado pela Bank of America, com dados da Sensor Tower, mostra que o uso das carteiras digitais cresceu 14% em relação ao ano anterior. Somente em julho do ano passado, foram feitos quase 21 milhões de downloads. Rudolf Popper acredita que “isso se deve à rapidez e redução de fricção na jornada de transações”.
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