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Atualidades
quinta-feira, 29 de junho de 2023

No lançamento do Plano Safra Agricultura Familiar, Haddad diz que “economia não vai bem se campo não for bem”

Governo anuncia retomada do programa, com investimento de mais de R$ 70 bilhões para impulsionar a produção de alimentos essenciais




O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou nesta quarta-feira (28/6) do anúncio do novo Plano Safra Agricultura Familiar. Junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, foram assinados diversos decretos que juntos pretendem injetar no setor mais de R$ 70 bilhões, um aumento de 34% em relação à safra anterior e o maior montante da série histórica.

Entre as medidas anunciadas, destaca-se a redução da taxa de juros de 5% para 4% ao ano para os produtores de alimentos como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite, ovos, entre outros. O governo também anunciou outras medidas de apoio à agricultura familiar, como compras públicas, assistência técnica e extensão rural, Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), Garantia-Safra e Proagro Mais.

O ministro destacou a importância das medidas para o sucesso do plano econômico do país, ressaltando que a economia não prosperará se “o campo não for bem-sucedido, se os alimentos forem caros e se a miséria persistir nas áreas rurais”. Ele enfatizou a necessidade de compatibilizar esses desafios e promoveu a ideia de que o agronegócio e a agricultura familiar fazem parte de uma mesma moeda e precisam se unir em benefício do Brasil.

Haddad expressou sua emoção durante o anúncio e fez referência à sua experiência como ministro da Educação, quando participou do grupo que elaborou o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Ele ressaltou a importância desse programa, que destinou 30% dos recursos da merenda escolar para a aquisição de produtos da agricultura familiar, trazendo benefícios significativos para os produtores e estabelecendo um canal direto de comunicação entre eles e o poder público.

“Eu vi o que que isso implicou na ponta. Isso rejuvenesceu o campo, trouxe esperança para o produtor, criou um canal de comunicação do pequeno produtor diretamente com o poder público. A minha emoção não é menor hoje em que nós podemos organizar o maior plano safra da história do Brasil, que foi recebido, até aqui, com entusiasmo de todo o país que sabe que a ligação do Brasil com o campo é muito forte e precisa ser aperfeiçoada sobretudo para enfrentar os desafios que estão colocados à frente já se fazem presente”, expressou Haddad.

Ação coordenada

Segundo o ministro da Fazenda, o país enfrenta dificuldades principalmente com as mudanças climáticas que já afetam a produção agrícola, especialmente no Rio Grande do Sul. Ele destacou a necessidade de uma ação coordenada com diversos ministérios com o objetivo de produzir mais alimentos e de maneira mais eficiente.

“A mudança climática é um problema sério que nós vamos ter que enfrentar. Nossos companheiros do Rio Grande do Sul estão sabendo mais do que ninguém o impacto da mudança climática para a produção agrícola”, afirmou.

Para Haddad, a atual dolarização da economia, impulsionada pelas commodities, tem impactado os preços das terras no Brasil, exigindo uma mobilização para redirecionar a terra para a produção de alimentos e recuperar os solos degradados. “Isso vai exigir uma enorme mobilização para redestinar a terra para produção de alimentos e para recuperar o solo, para que o solo degradado seja colocado a serviço do agricultor familiar e da produção de alimentos”, disse.

Com o anúncio desse plano histórico, o ministro Fernando Haddad reforçou a importância de um “congraçamento de propósitos e convergência entre as diferentes áreas envolvidas”. Ele acredita que, por meio dessa iniciativa, as duas metades — o agronegócio e a agricultura familiar — deixarão de se diferenciar para se unirem em proveito do país. “Isso é essencial para o plano econômico dar certo. A economia não vai bem se o campo não for bem. A economia não vai bem se o alimento for caro. A economia não vai bem se a miséria for a prática estabelecida no campo”, disse durante o discurso.

Avanço

Segundo o ministro, a retomada do Plano Safra da Agricultura Familiar representa um avanço inestimável na busca por um Brasil mais justo e próspero. Ao estimular a produção de alimentos essenciais para as famílias brasileiras, promovendo a redução das taxas de juros e oferecendo incentivos para práticas sustentáveis, o governo demonstra seu compromisso com a segurança alimentar, o desenvolvimento rural e a proteção do meio ambiente.

“Esse plano safra representa um avanço inestimável nesse congraçamento de propósitos. Nós estamos propondo que essas duas metades não se diferenciam mais, que elas se unam em proveito do Brasil”, concluiu.

Além dos recursos, o governo também anunciou outras medidas de apoio à agricultura familiar, como compras públicas, assistência técnica e extensão rural, Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), Garantia-Safra e Proagro Mais. Essas ações abrangentes visam fortalecer a segurança alimentar do país, estimulando a produção de alimentos essenciais para as famílias brasileiras.
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