A Inteligência Artificial (IA) Generativa tem despontado como uma poderosa força transformadora de vários setores econômicos e para o varejo isso não será diferente.
Por Leonardo Finizola e Silva
Diretor de vendas da QUALCOMM Serviços de Telecomunicações Ltda.
A Inteligência Artificial (IA) Generativa tem despontado como uma poderosa força transformadora de vários setores econômicos e para o varejo isso não será diferente. A tecnologia irá desempenhar um papel-chave e transformador no setor. Entretanto, em que pese toda a expectativa gerada, a introdução necessita previamente de um elevado grau de sofisticação na organização dos dados do negócio, caso contrário a capacidade de gerar insights e interagir no processo será limitada.
As inovações em IA abrangem desde a geração de insights e dados, prevenção de perdas e aumento de eficiência, até o aprimoramento da jornada do cliente. E se por um lado temos um varejo online consolidado, no universo pós-Covid observa-se o varejo físico como motor de crescimento. Para isso, ele tende a apropriar-se da experiencia online para oferecer uma melhor experiência ao consumidor. Ferramentas como IA Generativa possibilitarão essas experiências personalizadas e trarão insights onde hoje não se tem visibilidade das correlações.
Os casos de uso para retail estão emergindo e deverão ser heterogêneos devido à natureza do setor. O próprio entendimento do potencial da tecnologia está em uma fase inicial, tanto no processamento offline, quanto na comunicação homem-máquina e máquina-máquina. Acreditamos que o diálogo entre o setor de tecnologia e o setor de retail tornará mais efetiva a introdução de IA Generativa. Alguns casos de uso começam a aparecer com resultado deste diálogo.
Os assistentes de compra já são capazes de fazer indicações precisas de acordo com o perfil de cada pessoa, levando em conta gostos, idade e localização, entre outras características relevantes para proporcionar as melhores escolhas ao consumidor. Esse sistema pode ser utilizado tanto no varejo online como em quiosques nos pontos de compra presenciais.
Outra inovação já apresentada ao mercado, e que vamos ver cada vez mais com frequência associada a IA, é o pagamento biométrico. Em algum ponto do futuro se pode imaginar que para um pagamento só necessitaremos da palma da mão e nada mais. Um ótimo exemplo atual é o cooler inteligente, que detecta quais produtos um cliente pega enquanto usa biometria de palma para concluir a transação no local. É um conjunto de tecnologias que envolve câmera, IA e sensores, permitindo uma experiência de compra totalmente autônoma e gerenciamento operacional inteligente.
Temos ainda tecnologias capazes de suportar vários outros casos de uso de IA ao combinar reconhecimento de produto, biometria e interface de usuário (IU) de voz. Isso permite que clientes façam pedidos em drive-thru, restaurantes ou supermercado, por exemplo, de forma ágil ou mesmo, em um self-checkout que identifica o produto evitando a necessidade de selecionar o mesmo em uma tela. Sistemas de prateleiras digitais são outra ferramenta para auxiliar o consumidor a encontrar exatamente o que precisa e ainda são ferramentas preciosas para um inventário mais eficiente.
Outro recurso são computadores móveis habilitados com IA para comparação de produtos na loja, uma ferramenta inovadora para auxiliar na capacitação de vendedores e no momento da venda.
Assim, a IA Generativa será – ou já é – uma aliada até mesmo na redução de perdas ao possibilitar tecnologias (que combinando câmeras de visão computacional e processamento de IA na borda) podem, do lado do cliente, oferecer informações sobre produtos e orientar o cliente em sua compra ou, do lado da operação, acompanhar o inventário, respondendo a incidentes, ou até mesmo diferenciando os objetos pessoais dos clientes de itens não comprados da loja.
As principais empresas de tecnologia estão concentradas no desenvolvimento de inovações que atendam aos principais desafios dos varejistas e contribuam para uma jornada do cliente sem fricções e mais personalizada. A Qualcomm, por exemplo, tem focado em proporcionar soluções que combinem os principais recursos de IA no dispositivo, computação de baixo consumo de energia, tecnologias de segurança e conectividade.
Os consumidores estão cada vez mais conectados e exigentes, e o mercado, competitivo. Utilizar o poder transformador da IA poderá ser o diferencial necessário ao varejo e os pioneiros na adoção dessas tecnologias se destacarão nesse cenário.
0 comentários:
Postar um comentário