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quinta-feira, 4 de abril de 2024

Em tempos de Mercado Livre, Shein e Shopee, o varejo físico de moda pode acabar?



Segundo pesquisa, 85% dos consumidores compram online ao menos 1 vez ao mês. Diante disso, uma questão: o varejo físico de moda vai acabar?

É notório que o varejo de moda está passando por uma revolução, especialmente pela popularização das plataformas de comércio eletrônico como Mercado Livre, Shein e Shopee. Essas gigantes digitais não apenas oferecem uma ampla variedade de produtos, mas também contribuíram pela mudança da experiência de compra dos consumidores, desafiando o tradicional modelo de varejo físico.

Para se ter ideia, segundo o levantamento E-commerce Trends 2024, realizado pela Octadesk em parceria com o Opinion Box, 85% dos consumidores compram online ao menos 1 vez ao mês, 58% dos compradores online acham os preços online mais baixos que nas lojas físicas e 62% dos compradores online fazem 2 a 5 compras em um mês normal. Ou seja, A conveniência e os preços competitivos oferecidos por essas plataformas estão atraindo cada vez mais clientes, levantando questões sobre o futuro do varejo físico de moda.

Rodrigo Garcia, diretor executivo da Petina Soluções em Negócios Digitais, ressalta que a flexibilidade oferecida no ecommerce é uma das principais vantagens. “É inegável que o comércio eletrônico conquistou uma grande parte do mercado de moda. Esse setor é uma das categorias mais procuradas nas compras online. A possibilidade de navegar por uma ampla diversidade de produtos, comparar preços e fazer compras a qualquer hora e em qualquer lugar tem sido um fator decisivo para a crescente preferência pelo comércio eletrônico”, explica.

Para completar, a ascensão das redes sociais como canais de marketing e influência tem impulsionado ainda mais o varejo online de moda. Influenciadores digitais e celebridades utilizam suas plataformas para promover produtos de moda, alcançando um público vasto e induzindo as decisões de compra dos consumidores.

O que o varejo físico de moda deve fazer?

Diante desse cenário, surge a questão: como o varejo físico de moda está se adaptando a essa nova realidade? Para Garcia, não há muito para onde fugir, sendo essencial que as lojas físicas reconheçam a urgência de se adaptarem às novas tecnologias e expectativas dos consumidores. “Em um mercado altamente competitivo e em constante transformação, a digitalização tornou-se fundamental”, alerta.

As lojas físicas de moda estão buscando maneiras de inovar e oferecer experiências de compra únicas para atrair e reter clientes. “Ao adotar uma estratégia proativa e integrada, as marcas podem se posicionar de forma mais competitiva no mercado de varejo de moda. Isso envolve investir em inovação, como a produção de clips para demonstrar produtos e a realização de ‘live shops’, além de explorar e promover os canais de marketplaces dentro das lojas físicas”, sugere o executivo.

Essas iniciativas visam melhorar a experiência do cliente e fortalecer o relacionamento com a marca, contribuindo para a sobrevivência e o sucesso do varejo físico de moda em um cenário comercial em constante evolução.

   
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