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Atualidades
terça-feira, 4 de junho de 2024

Festas juninas abrem oportunidades de negócio o ano inteiro




Marcello Candido é MEI e transformou o hobby de fotografar as quadrilhas de São João em um meio de vida
Por Redação


De março a setembro, o olhar de Marcello Candido fica completamente voltado para bandeirolas, balões e brincantes. Fotógrafo especializado em São João, o profissional define que 70% da sua agenda de trabalho do ano é exclusiva para fotografar um dos elementos mais emblemáticos dessa tradição cultural: as quadrilhas.


Eu me formalizei no MEI por conta da fotografia e se hoje sou fotógrafo é por conta das quadrilhas

Marcello Candido, fotógrafo especializado no movimento junino

Ele conta que começou a fotografar o movimento despretensiosamente, com uma câmera fotográfica amadora, mas o hobby virou profissão quando foi demitido do emprego e, com a rescisão, investiu em equipamentos profissionais. “Dei uma boa deslanchada”, avalia.

Com isso, Candido conseguiu visibilidade e reconhecimento, tanto que é procurado por grande parte dos grupos de quadrilha no Distrito Federal (DF).


Consegui achar uma brecha e me encaixar, agora faço cultura de uma outra forma. Não esperava que realmente pudesse ser reconhecido como sou, ganhar dinheiro como ganho e estar dentro do movimento junino. Mexendo com quadrilha, eu tenho meu ganha pão.

Marcello Candido, fotógrafo especializado no movimento junino

Embora não existam números exatos disponíveis sobre quanto as quadrilhas juninas impactam a economia no Brasil, o exemplo do fotógrafo Marcello Candido reforça o fato de que os pequenos negócios são beneficiados por esse movimento da cultura popular: cada quadrilha tem uma equipe de profissionais que atuam em uma dinâmica parecida com o Carnaval – costureiros, maquiadores, coreógrafos e, as mais profissionalizadas, até equipe de comunicação.

Fomento e capacitação
O presidente da quadrilha Formiga da Roça, Patrese Ricardo, é proponente de um projeto que promove o movimento junino e capacita as pessoas dessa cadeia produtiva. Este ano é a segunda edição do Giro Cultural, que desde o início do ano letivo tem percorrido escolas públicas no DF e oferece cursos de automaquiagem e penteado para os brincantes.

Até 25 de junho, o Giro Cultural vai somar 68 apresentações, com 40 grupos de quadrilha. Sobre as oficinas, o objetivo é capacitar as pessoas que já desempenham essa tarefa dentro dos grupos. Serão 34 no total, com encerramento no início de junho, tendo em vista o início do São João. “Cada dia é em um local diferente, inclusive nos finais de semana. Cada oficina tem duração de 4h”, afirma.

O projeto é custeado com recursos do Ministério da Cultura. “As quadrilhas que não conseguem se profissionalizar vivem de apresentações esporádicas. As profissionais já entenderam o mercado do entretenimento”, avalia o produtor cultural Tiago Luniere. Segundo ele, o mercado é competitivo e as quadrilhas são encaradas como um negócio.


Famílias são criadas, pessoas sobrevivem e ganham dinheiro através do movimento junino. A carreira de quadrilheiro é arte e ser artista é profissão.

Tiago Luniere, produtor cultural
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