Projeção da Febraban de que esta modalidade de crédito pode saltar de R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões, abre caminho para um novo ciclo de investimentos em soluções digitais
Segundo avaliação da Vertrau, empresa de tecnologia e soluções de embedded finance, essas mudanças exigirão ecossistemas digitais cada vez mais eficientes e que garantam a conectividade entre plataformas tecnológicas envolvendo os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) e as SCDs (Sociedades de Crédito Direto).
“O avanço da nova modalidade de crédito consignado privado vai impulsionar também o mercado de soluções de integração, para conectar diferentes players do mercado – desde empresas da economia real, como redes de varejo, por exemplo, até financiadores institucionais”, explica Israel Malheiros, COO da Vertrau. “Para que isso aconteça, o uso da tecnologia exerce um papel fundamental como facilitador dessas conexões, contribuindo, na ponta, para impulsionar a captação e ampliar a inclusão financeira.”
Esse avanço na concessão de crédito beneficia o consumidor final, já que as taxas praticadas em crédito pessoal consignado privado se situam em 2,89% ao mês, em comparação a 6,1% das taxas de crédito pessoal não consignado, de acordo com o SGS (Sistema Gerenciador de Séries) do Banco Central. Neste cenário, de acordo com a Febraban, as medidas que estão sendo avaliadas pelo governo podem fazer com que o crédito consignado privado salte dos atuais R$ 40 bilhões para mais de R$ 120 bilhões.
O sucesso desse novo modelo depende da integração entre diferentes plataformas digitais que viabilizam a concessão e a gestão do crédito. Soluções que conectam SCDs e FIDCs permitem que operações de crédito sejam estruturadas de maneira automatizada, sem a necessidade de intermediação tradicional, o que reduz custos e melhora a liquidez do sistema.
De acordo com o COO da Vertrau, a digitalização e o uso de inteligência financeira garantem maior previsibilidade e segurança para investidores e tomadores de crédito. “Estamos diante de um novo momento para o crédito privado no Brasil, onde a tecnologia desempenha um papel transformador”, acrescenta Malheiros. Na opinião do especialista, novos players devem surgir neste mercado utilizando o consignado pessoal privado como maneira de conceder crédito com maior segurança e velocidade. “Mas eles terão que estar preparados tecnologicamente para esta estrutura”, completa.
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